Muito se sabe hoje sobre os benefícios da massoterapia para a saúde e como ela pode ajudar na regulação do corpo e na promoção do bem-estar. Quem já tem como hábito essas práticas integrativas, entende que se trata de algo essencial — e não um luxo extravagante. Assim, a massoterapia torna-se ainda mais importante quando é acessível a todos os públicos, especialmente em um mundo repleto de sentidos.
Ela vai além do alívio físico: é uma forma de comunicação silenciosa, sensível e profunda — algo especialmente valioso para pessoas surdas. Em uma sociedade onde a maioria das interações se baseia na fala, o toque ganha um significado ainda mais poderoso, tornando-se uma ferramenta de conexão e cuidado.
Os surdos não estão longe de nós, podemos estar passando por eles nas ruas, no transporte e trabalho sem nem perceber. Casos de surdez atingem cerca de 2,7 milhões de brasileiros, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e podem aumentar para 10 milhões se considerar aqueles que têm perda auditiva. Mas quando se trata de saúde, essa população ainda enfrenta desafios. Como tornar possível a autonomia de pessoas surdas em busca do autocuidado que a massoterapia oferece? A resposta está no respeito à sua comunicação e individualidade.
Isso inclui oferecer um atendimento que compreenda suas necessidades e estabeleça uma relação de confiança. A massoterapia, quando conduzida com sensibilidade e preparo, permite à pessoa surda vivenciar um espaço seguro — onde ela não precisa “ouvir para ser ouvida”.
Incluir vai além da fala: Libras, imagens e empatia no atendimento
Um estudo publicado na Revista CEFAC (Comunicação, Educação e Fonoaudiologia), em 2016, destacou a importância da acessibilidade nos serviços de saúde para pessoas surdas, reforçando que a inclusão passa pelo preparo dos profissionais os capacitando — e não apenas por adaptações físicas.Assim eles conseguem se comunicar adequadamente com seus pacientes, proporcionando a autonomia desejada. Vale lembrar a importância de recursos visuais, como folders ilustrativos, vídeos com tradução em Libras ou o uso de aplicativos de comunicação acessível.
Benefícios da massagem para a pessoa surda
1. Redução de tensões físicas e emocionais
A falta de acessibilidade comunicacional pode gerar estresse crônico em pessoas surdas. Segundo um estudo da International Journal of Massage and Bodywork (2010), a massagem terapêutica reduz significativamente os níveis de cortisol (hormônio do estresse) e aumenta a serotonina e a dopamina — substâncias ligadas ao bem-estar.
2. Estímulo à consciência corporal
A comunicação corporal é essencial para muitas pessoas surdas, o que torna sua percepção física mais desenvolvida. A massoterapia contribui para essa conexão, diminuindo os hiper estímulos e auxiliando na regulação do sistema nervoso, promovendo equilíbrio físico e emocional.
3. Espaço terapêutico de escuta sem palavras
Em um ambiente sensível ao silêncio e ao toque, o cliente surdo encontra uma forma de expressão livre de julgamentos. Uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB, 2018) apontou que o acolhimento e o respeito às formas de comunicação do surdo impactam diretamente na adesão e na continuidade do cuidado terapêutico.
Cuidar de todos: o compromisso com a escuta que não depende da fala
A massoterapia é uma forma poderosa de cuidado integral — e pode ser ainda mais significativa para pessoas surdas. Quando o profissional se prepara para acolher e incluir, respeitando a comunicação e a autonomia do cliente, o toque se transforma em diálogo. Um diálogo que reflete diretamente na qualidade de vida da pessoa.
Na Plénitude, o compromisso com a inclusão é levado a sério: nossa massoterapeuta Beatriz Cristina realiza atendimento em Libras, garantindo acolhimento e bem-estar com respeito à individualidade de cada pessoa.
Perfil da Beatriz no Doctorália: www.doctoralia.com.br/beatriz.cristina
